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Poesia da semana - Pablo Neruda

  • celago2021
  • 5 de abr. de 2021
  • 1 min de leitura


Amigo, toma para ti o que quiseres, passeia o teu olhar pelos meus recantos, e se assim o desejas, dou-te a alma inteira, com suas brancas avenidas e canções. Amigo - faz com que na tarde se desvaneça este desejo de que todas as roseiras me pertençam. Amigo, se tens fome come do meu pão. Tudo, amigo, o fiz para ti. Tudo isto que sem olhares verás na minha casa vazia: tudo isto que sobe pelo muros direitos - como o meu coração - sempre buscando altura. Sorris-te - amigo. Que importa! Ninguém sabe entregar nas mãos o que se esconde dentro, mas eu dou-te a alma, ânfora de suaves néctares, e toda eu ta dou... Menos aquela lembrança... ... Que na minha herdade vazia aquele amor perdido é uma rosa branca que se abre em silêncio...

 
 
 

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